terça-feira, 20 de outubro de 2009

PMCG não repassa verbas para APAE CG




A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campina Grande – APAE CG, é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos e de caráter educacional, cultural e assistencial. As APAE’s de todo o Brasil atuam com o portador de deficiência intelectual, trabalham a parte de prevenção com o teste do pezinho, reabilitação e quando a criança precisa de escolaridade recebe a educação infantil, já está alfabetizado inclui-se na escola regular e dentro da escolaridade temos todos os apoios com os laboratórios presentes no instituto.

A Instituição tem como filosofia promover, articular ações de defesa de direitos, prevenção, orientação e apoio á família, direcionadas á melhoria de qualidade de vida da pessoa com necessidade especial e a construção de uma sociedade mais justa e solidária. Possui uma equipe multiprofissional composta por: Neuro Pedriátra, Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos, Psicólogos, Terapeuta Ocupacional, Assistentes Sociais, Professores.

O inicio
A APAE CG foi institucionalizada em 1982 durante a semana nacional do excepcional de 21 a 27 de agosto, promovida pela Secretaria de Educação do Município e algumas autoridades da cidade. Na platéia havia por acaso um parente de um funcionário da Secretaria de Educação, esta pessoa trabalhava em uma APAE no Rio Grande do Sul, ele deu a idéia de fazer uma APAE em Campina Grande, na oportunidade foi feita uma ata de criação, que não chegou a funcionar, depois da semana nacional do excepcional, o Rotary Clube Oeste encampou a idéia. O dono do Hotel Mahatma Gandhi chegou inclusive a fazer doação de um terreno para construção da sede da APAE, mas na condição de se realizar esta construção no período estipulado, caso contrário o terreno retornaria ao dono, apesar de todos os esforços a APAE e das pessoas envolvidas, não foi possível realizar a construção da sede, e assim perdeu-se o direito ao terreno.

Dentro do grupo de idealizadores da APAE CG, estava Maria da Conceição Costa do Rêgo, que é funcionária desde 1982, ela foi responsável por guardar todo o material de institucionalização. Em 1993 um grupo de médico pediatras, entre eles Drª Conceição Medeiros, Drª Santana Florindo atual presidente da APAE CG, tiveram a idéia de fazer um grupo de apoio aos pais das crianças portadoras de algum tipo de deficiência que passavam por seus consultórios. Eles realizavam reuniões no HU e posteriormente na sociedade medica. Com o inicio destas reuniões, descobriu-se que já havia um APAE no papel e a partir daí houve a revitalização da APAE de Campina Grande. No meio deste grupo de pais estava Margarida da Mota Rocha, que havia sido secretaria de educação do município por 10 anos durante o Governo de Ronaldo e Cássio Cunha Lima. Margarida possuía grande prestigio neste grupo político. Na oportunidade o então Governador Ronaldo Cunha Lima cedeu uma casa na Rua Sebastião Nonato, 143 para o funcionamento da APAE.

Hoje
Atendem em torno de 600 pessoas portadoras de deficiência mental e/ou múltipla, onde 70% são oriundas de Campina Grande, e as demais são provenientes de outros 40 municípios do Estado, entre eles São José do Cariri, Junco do Seridó, Gurjão, Lagoa Nova, Queimadas. O atendimento é realizado desde recém nascidos até pessoas da terceira idade, a paciente mais velha tem quase 60 anos.
Possuem 64 funcionários de carteira assinada, que dependem da doação da população para poder receber e ainda 10 pessoas a disponibilizadas pela prefeitura e 12 pelo Governo do Estado, principalmente para questões burocráticas. O espaço físico se divide em 03 blocos, clínico, administrativo e escolar.

Dificuldades
Segundo Valéria Mª Pequeno de Queiroz, funcionária fundadora da APAE CG, a maior dificuldade encontrada é trabalhar sem um orçamento previsto, pois dependem das doações feitas pela população, apesar de ter convênio com a Prefeitura e com o Governo do Estado, no entanto em 2008 não foram repassadas as verbas pelo Governo do Estado e a Prefeitura efetuou o repasse de dois meses em 2008 e em 2009 apenas dois meses até o momento. O convênio com a Prefeitura passou pela da Câmara de vereadores para aprovação do orçamento, mas não há uma regularidade desse repasse. Há a dispensa da parte patronal do INSS por parte do Governo Federal. Contudo, as despesas mensais da Instituição apenas com folha de pagamento fica em torno de 60 mil. Possuem ainda um convênio com a Prefeitura de prestação de serviço com o SUS, onde deveriam receber por consultas e mesmo assim não estão recebendo pelas consultas, nem pelos serviços realizados que só em setembro deste ano totalizaram 4778 atendimento entre fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia entre outros. Caso estes valores fossem recebido a situação da instituição seria um pouco melhor. Tentam sensibilizar a Prefeitura para atualizar o repasse de verbas presente em convenio. Em 2008 tiveram uma audiência com o secretário de saúde do Município Metuzelá Agra. E este ano receberam a visita do vereador Fernando Carvalho (PMDB), que ficou sensibilizado e se dispôs para reativar o convenio com o Governo do Estado para haver uma regularidade no repasse das verbas, mas o vereador ainda não retomou o contato com a instituição.

Outro beneficio para os usuários da instituição que se encontra prejudicado é a equoterapia, a equipe de apoio já se encontra formada e capacitada pela ANDE, há 02 pedagogas, 02 psicólogas, 03 fisioterapeutas, 01 equitador. Mesmo com a equipe formada, o espaço físico pronto, e os cavalos a disposição, apesar de já ter sido inaugurado desde abril, a equoterapia não esta funcionando. Inclusive os 02 cavalos da equoterapia, se encontram na fazenda da ex-presidente e atua diretora social, Margarida da Mota Rocha há quase 03 anos com todas as despesas por conta da mesma. Por conta de questões burocráticas criança e adultos estão perdendo com isso, pois 70% das deficiências são passiveis de prevenção, e os outros 30% tem que haver o tratamento de reabilitação o quanto antes para diminuir os efeitos da deficiência, a equoterapia traria benefícios emocionais, posturais e auxiliaria na reabilitação dos usuários.



Para doações de qualquer valor através de depósito bancário, deverão ser utilizados os seguintes dados:

Favorecido: "Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campina Grande".
Banco do Brasil
Agência: 0063-9
Conta Corrente: 690.000-3
Para mais informações sobre como doar liguem para (83) 3310-4500.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Resumo (Câmara Municipal de C. Grande – 15/10/2009)


Por
Lidiane Fernandes

Após a leituras das atas e dos requerimentos João Dantas (PTN) discute o requerimento da vereadora Ivonete Ludgerio (PSDB) que trata da reforma e reestruturação do complexo esportivo “O Meninão”. Segundo João Dantas (PTN) o complexo se encontra em total abandono e enfrenta sérios problemas, como a invasão que fica nas suas proximidades, o vereador ainda completa que partes das pessoas que moram naquela invasão são inclusive de outras cidades.
A vereadora Ivonete Ludgerio (PSDB) lembra que o próprio nome do complexo esportivo “O Meninão” sugere a quem foi feita a homenagem, e este é um dos motivos pelo qual ele se encontra em estado de abandono. Por motivos de perseguição não são realizadas reformas ou qualquer cuidado naquele local. Ivonete (PSDB) ainda menciona os problemas encontrados no distrito de São José da Mata, como a situação da praça principal e a questão da violência que vem aumentando.
Laelson Patrício (PT do B) destaca o requerimento sobre “O Meninão” e a parabeniza a vereadora por sua iniciativa. Enfatiza os feitos do complexo e anuncia que subscreverá seu nome no requerimento.
João Dantas (PTN) Comenta a fala de Ivonete (PSDB) sobre violência em São José da Mata e fala de uma matéria que saiu no Jornal O Globo em 21/09 deste ano, onde são mostrados índices de violência em diversos estados. O vereador João Dantas (PTN) destaca os índices de São Paulo 19,4% para cada 100 mil habitantes enquanto Campina Grande consegue atinge 21,5% para cada 100 mil habitantes um índice maior que o de São Paulo.
Antonio Pereira (PSB) lembra do regimento interno da “casa” e do tempo de discussão para cada vereador. Antônio Pimentel (PMDB) discute a ordem em que os requerimentos são apresentados e lembra-se de como era anteriormente. Antes lia-se um por um e discutia-se também um por um, no entanto para agilizar as atividades na “casa” agora os requerimentos são apresentados por blocos, e discutidos da mesma maneira.
Perón Japiassu (PT) relembrando a discussão sobre a violência o vereador alega que o aumento da mesma não pode ser atribuída a atual gestão, e que o município de São José da Mata, não se encontra abandonado, pois esta sendo instalada rede de esgoto em breve.
Jóia Gernamo (PRP) pede mais condições para os policiais, para que os mesmo possam oferecer um melhor serviço à população. Antônio Pereira (PSB). Alega não haver abandono com o distrito de São José da Mata ou com a praça.
Olimpio Oliveira (PMDB) menciona o clima olímpico em decorrência das olimpíadas serem sediadas pelo Rio de Janeiro em 2016, e fala que em uma cidade do porte de Campina Grande, quantos talentos esportivos estão sendo desperdiçados. Ainda parabeniza pela passagem do dia do professor e fala dos baixos salários dessa categoria.
Tovar Correia (PSDB) discute melhorias para o bairro do Alto Branco, menciona o inicio de um lixão no bairro e a falta de saneamento em algumas áreas.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Resumo (Câmara de Campina Grande – 14/10/2009)

Por
Lidiane Fernandes


Votação dos requerimentos do vereador Fernando Carvalho (PMDB) que foram discutidos na sessão anterior e por falta de coro não foram votados. Leitura de expediente e requerimento, entre os quais tivemos: Requer da Sosur recuperação de asfalto no Catolé; Instalação de calçamento da Rua João Arlindo Correia no Dinamérica; Requer a Coordenação geral do SAMU campanha educativa nas escolas da cidade contra o trote telefônico; Requer a secretaria municipal de educação, esporte e cultura informações sobre o Programa PROJOVEM; Requer a prefeitura municipal informações sobre critérios de inscrição e seleção em programas habitacionais. Requer a Prefeitura Municipal Informação da tomada de empréstimo para possível pavimentação de 400 ruas em Campina Grande; entre outros.
João Dantas (PTN) discute seus requerimentos e fala da importância dos pedidos de informação, pois através destes pedidos de informação podemos fazer o acompanhamento das ações realizadas, ou as que deixam de ser concretizadas.
Olimpio Oliveira (PMDB) comunica o acontecimento de uma reunião com os defensores dos animais para a instalação do Fórum Municipal do bem estar animal, se reunirão diversos ambientalistas no plenário da “casa” com o objetivo de criar o fórum permanente para discussão de políticas publicas pra o bem estar animal.
Fernando Carvalho (PMDB) pede ao Presidente da “Casa” para que faça o levante da sessão, para que todos os vereadores possam comparecer a inauguração da nova da Feira da Prata.
Tovar Correia (PSDB) evocando o artigo 40 do regimento interno, e fazendo uso da liderança de sua bancada, fala que deveria ser cumprido o regimento interno da “casa” e terminar a leitura e aprovação dos requerimentos, tendo em vista uma obra que atrasou dois anos, os vereadores poderiam atrasar 20 minutos até o termino das atividades parlamentares.
Fernando Carvalho (PMDB) não discorda do vereador Tovar Correia (PSDB), em relação ao artigo 40, apenas pediu o cumprimento de um acordo feito inclusive pelo presidente da “casa”.
João Dantas (PTN) cita o artigo 39 do regimento interno e solicita a sua liderança, na condição de vereador do PTN.
Cassiano Pascoal (PSL) lembra que pela constituição há a liderança do partido quando se tem três ou mais vereadores de um mesmo partido.
Jóia Germano (PRP) alega haver coisas mais importante para o debate do que discutir quem é ou deixa de ser líder. Antônio Pimentel (PMDB) considera todos lideres, pois representam o povo e estão ali pelo voto.
Nelson Gomes Filho (PRP) como já havia sido acordado entre os vereadores o presidente da câmara levanta a sessão para que os vereadores possam comparecer a inauguração da nova feira da Prata.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

HINO OFICIAL DECAMPINA GRANDE

Letra de Fernando Silveira;
Música de Antônio Guimarães


Venturosa Campina Querida,
Ó cidade que amo e venero!
O teu povo o progresso expande,
És na terra o bem que mais quero!
O teu céu sempre azul cor de anil,
tuas serras de verde vestidas
salpicadas com o ouro do sol
ou com a hóstia dos brancos luares!
Eterno poema
de amor à beleza,
Ó recanto abençoado do Brasil!
onde o Cruzeiro do Sul
resplandece,
capital do trabalho e da paz.

Oficina de ilustres varões,
Canaã de leais forasteiros,
és memória de índios valentes
e singelos e alegres tropeiros!
Tua glória revive, Campina,
na imagem dos homens audazes,
aguerridos heróis de legendas
que marcaram as tuas fronteiras!

sábado, 10 de outubro de 2009

Memória: A Tragédia da Queda do Avião em 1958

Por: Severino Lopes (Diário da Borborema)

De longe, é possível ver uma imensa cortina de fumaça formada nos céus da cidade. As chamas atingem mais de 300 metros de altura. Minutos depois, dezenas de viaturas partem em alta velocidade e atravessam as ruas que dão acesso ao aeroporto Presidente João Suassuna, em Campina Grande, com as sirenes ligadas. A pista tem que ficar livre para não atrapalhar o socorro das vítimas. Tudo parece real. As equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros, PRF, polícias Civil e Militar correm contra o tempo para realizar o resgate das vítimas de uma tragédia aérea. Os feridos, alguns com fraturas expostas, são transportados para os hospitais da cidade. Os "mortos" são levados para UML.Felizmente, tudo não passa de um exercício de emergência aeronáutica Completo realizado pela Infraero para aferir o plano de emergência do aeroporto. No exercício feito com o máximo de realismo e o emprego de técnicas usadas nas das produções cinematográficas, é simulado a queda de uma aeronave com 15 passageiros a bordo. Ao cair na pista do João Suassuna, o avião explode, provocando um grande incêndio, essa é a idéia.Ficção e realidade fazem parte da história do aeroporto Presidente João Suassuna. Há 51 anos, aconteceu o maior acidente com a aeronave na cidade. A tragédia aconteceu em uma noite sombria de sexta-feira, 5 de setembro de 1958.O avião de prefixo LDX do Lóide Aéreo Brasileiro caiu nas proximidades do Serrotão, a dez quilômetros do centro da cidade, matando 13 pessoas e deixando vários passageiros feridos.

Entre os sobreviventes do maior acidente aéreo registrado em Campina Grande, estava o comediante cearense Renato Aragão, o Didi. Na época, Renato Aragão não era famoso. Ele era apenas um estudante de Direito que morava em Fortaleza e estudava em Recife.O avião com 40 passageiros a bordo partiu do Rio de Janeiro. A chuva forte, neblina densa e iluminação precária foram apontados como fatores que contribuíram para a tragédia. Segundo apuraram as autoridades da época, o avião caiu após o piloto ter feito, sem sucesso, várias tentativas de pouso na pista do aeroporto João Suassuna.Como estava chovendo, a pouca visibilidade atrapalhou o piloto. Após realizar algumas evoluções, a aeronave perdeu a altura, caindo sobre um roçado à margem esquerda da BR-230, no Serrotão. Entre os mortos, estavam o comandante e a telegrafista do avião, um médico, um arquiteto e um gerente do Banco do Brasil.ResgateO resgate das vítimas foi feito por policiais do Corpo de Bombeiros para os hospitais Pedro I, Pronto Socorro e Ipase. "Eu lembro que foi grande a correria na redação do jornal. As fotos eram terríveis", recordou o jornalista Joel Carlos, que na época trabalhava como repórter do Diário da Borborema.Testemunha do acidente ajudou no socorro às vítimas


Aos 82 anos, o agricultor Francisco Basílio da Cunha, provavelmente a única testemunha viva do acidente com o LDX do Lóide Aéreo Brasileiro, revelou que no final tarde e começo da noite de 5 de setembro de 1958, ajudou os bombeiros a juntar os pedaços das vítimas da tragédia aérea. "Seu Chico" como é chamado o agricultor, tinha 32 anos no dia do acidente. Ele disse que naquele sombrio final de tarde, começo de noite, estava na roça com enxada na mão limpando mato, quando ouviu um forte estrondo.O agricultor, que morava na fazenda Edson do Ó, localizada no Serrotão, saiu correndo e se deparou com os estragos. O avião, segundo ele, havia se partido em três partes com o impacto. Os passageiros atirados para fora, alguns despedaçados. Francisco foi uma das primeiras pessoas a se aproximar do local onde ocorreu a tragédia. Ao ver o avião despedaçado e os mortos e feridos, Francisco Basílio saiu correndo e foi chamar o seu pai, José Ribeiro da Cunha.Minutos depois, chegou a guarnição do Corpo de Bombeiros, comandada pelo sargento José Rulfino. A cena era muito forte. Mesmo com a memória falhando devido o tempo, Francisco relembra as horas de horror. Francisco disse que ajudou os bombeiros a juntar os mortos. O pai dele também ajudou os bombeiros no trabalho de resgate.Os feridos foram levados para os hospitais de Campina Grande em estado grave. Como o local era de difícil acesso, os bombeiros tiveram muita dificuldade para fazer o resgate.Falando com dificuldade, Francisco Basílio, hoje aposentado, relembra que no dia da tragédia muitas pessoas se aproveitaram para saquear o avião carregando objetos pertencentes aos passageiros.O agricultor, que tem cinco irmãos, sendo que apenas dois estão vivo, disse que passou toda a sua vida lembrando da tragédia. Casado pela segunda vez, pai de seis filhos, todos morando em São Paulo, Francisco Basílio não tem dúvida de que ele é uma das poucas testemunhas vivas do maior acidente aéreo ocorrido em Campina Grande. "Muitas pessoas que viram o acidente já morreram. Eu estou aqui, até quando Deus quiser", brincou.A agricultora Maria José Gomes da Silva era criança no ano da tragédia. Ela conheceu Francisco Basílio anos depois e cresceu ouvindo as histórias de heroísmo do agricultor.No local exato em que aconteceu o acidente foi construído um oratório e uma cruz onde muitas pessoas rezam e pagam promessa.


O local foi batizado de "capela do avião". A agricultora Maria José dos Santos Oliveira, uma das mais antigas moradoras do Serrotão, é uma das pessoas que costuma rezar na capelinha construída no local da tragédia aérea.

A Maior Tragédia de Campina


Era uma bela tarde no animado bairro de Zé Pinheiro. Todavia, o dia 25 de dezembro de 1974 entrou para os anais da história campinense, como o dia da maior tragédia da cidade. Em virtude da explosão de um garrafão de oxigênio, que era utilizado para encher balões infantis. Campina Grande tornou-se manchete em todo o Brasil devido às várias mortes ocorridas naquele dia, além das centenas de pessoas feridas.
Tudo isso ocorreu, em virtude do descuido de um garrafeiro que enchia balões durante a festa, quando imprimiu uma alta pressão na recarga do cilindro, provocando o rompimento do mesmo em vários pedaços.

Com a explosão do artefato, vários pedaços de seres humanos foram arremessados em casas e na Igreja de José Pinheiro. Durante dias, o mau cheiro foi predominante naquele local, chegando a ser comum, pessoas encontrarem nos tetos de suas casas, restos de gente.
O garrafeiro Adval foi apontado com o principal responsável pela explosão, recebendo do Diário da Borborema a alcunha de “O Garrafeiro da Morte”.

Os Bombeiros da cidade trabalharam como nunca naquele dia. Uma das testemunhas da tragédia foi o então cabo José Barbosa da Silva, que relatou a seguinte passagem ao Diário da Borborema: "O telefone não parava de tocar. Muita gente, quase que ao mesmo tempo, ligou desesperado pedindo socorro. Nós estávamos passando pelas margens do Açude Velho quando fomos informados que havia muitas vítimas fatais e que muitas pessoas estavam feridas. Eu estava há pouco tempo no Corpo de Bombeiros, tinha feito o curso de formação de oficiais em João Pessoa e nunca tinha visto uma coisa daquelas. Era muito grito, pessoas chorando em um desespero total. Sangue por toda parte, pedaços de gente pelo chão. Cabeça esbagaçada, pedaço de gente em cima de casa. Tudo foi chocante. Foi um estrago muito grande".
As pessoas feridas, foram para os hospitais Antônio Targino e Pedro I. Aqueles que morreram, foram para a denominada “pedra”, que funcionava ao lado da Central de Polícia.

Um dos sobreviventes da tragédia foi Marcelho Felipe, que ao lado de seus amigos, se aproximaram do cilindro. Felipe chegou a tocar no objeto: "Quem primeiro tocou nele foi Damião que era um amigo. Depois eu toquei nele e logo tirei a mão. Estava muito quente", contou ao Diário da Borborema. Marcelho falou também, que viu o garrafeiro pouco antes da explosão saindo muito depressa. Após isso, só escutou o grande estrondo, sendo Marcelho arremessado para longe. "Foi uma sensação inexplicável. Não sei se eu cai. Eu senti como se estivesse voando. Igual uma folha quando a gente solta", disse ao DB. Após o desastre, o então garoto de 8 anos teve sua perna esquerda amputada e ficou cego de um olho.

Segundo outra testemunha da explosão, Givanildo Pereira da Silva, o garrafão estava vazando desde o momento que foi instalado a alguns metros da Igreja de José Pinheiro. "Eu vi quando ele mandou buscar água em uma mercearia da Rua Campos Sales para colocar em cima da garrafa que estava quente. Era visível que a garrafa estava com defeito. Parte dela apresentava ferrugem. Quando ele abriu, eu vi tudo. A garrafa não tinha nada. Não tinha relógio nem registro. Só tinha a válvula de sair o ar e a tampa de sair e fechar", relatou ao Diário. Givanildo após a explosão, passou quatro dias em coma, com seqüelas nas mãos e nas pernas.

Oficialmente, foram oito crianças mortas, além de centenas de feridos. Em 2007, a triste história foi resgatada em curta-metragem chamado “Os Balões de 74”, do diretor de cinema Luciano Mariz. “Em Meados de novembro de 2006, fazendo uma pesquisa de rotina nos arquivos do Diário da Borborema, me deparei com a primeira página do dia 27 de Dezembro de 1974. A notícia da primeira página atraiu minha atenção: ‘Garrafão explode e enluta Campina nas festas natalinas’, naquele momento a curiosidade foi maior, me esqueci da pesquisa que estava em andamento e passei horas buscando saber mais informação sobre o acidente do garrafão no bairro do José Pinheiro”.

Tivemos acesso ao curta e realmente, relata com fidelidade o drama daquela tragédia. A falta de imagens reais da cobertura da época em vídeo, foi à única falha do filme, mas paciência, talvez elas nem existam. Talvez a procura no acervo de Machado Bittencourt, ou da Rede Globo Nordeste de Recife, pudesse ter sido realizada, mas tirando isso, o filme é muito bom, com entrevistas de sobreviventes, além dos jornalistas que trabalharam no relato para jornais.
O cilindro foi doado para o Museu Histórico da Cidade, infelizmente, não temos a informação se o mesmo ainda se encontra lá. Quem tiver mais relatos sobre esse inesquecível fato, deixem seus comentários aqui no blog, pois forem pertinentes ao enriquecimento do tópico, serão inseridos.

Fontes Utilizadas:
Diário da Borborema (Pesquisa e Fotos)

Blog Retalhos históricos

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Resumo (Câmara Municipal de C. Grande – 08/10/2009)


Por
Lidiane Fernandes


Sessão do dia 08 de outubro (quinta) tendo como início a leitura do texto bíblico por Perón Japiassu (PT). Entre os requerimentos se destacou um pedido de urgência especial que foi votado e aprovado na ordem do dia.

João Dantas (PTN) afirma ser favor da maioria, o prefeito deveria se planejar melhor, pois o projeto chega a “Casa” Felix Araújo mal justificado. Deveria mostrar onde os recursos serão aplicados, pois da maneira que foi apresentado a “Casa” é como se fosse uma espécie de cheque em branco assinado pelos vereadores.

Tovar Correia (PSDB) relata que através da copia do documento encaminhado aos vereadores todos devem acompanhar e cobrar a realização de tudo o que foi prometido pelo Prefeito Veneziano. Entre as realizações estão: O aterro do lixão de Campina Grande; Reforma do teatro Municipal Severino Cabral; entre outros.

João Dantas (PTN) justifica seu voto alegando que respeitou a opinião da maioria, pois a exemplo da coleta de lixo realizada em nossa cidade é segundo o vereador, imprópria e inadequada. Ainda são utilizados caminhões que não atendem as necessidades da população. E mais, cita exemplo do que ocorre no bairro do Santo Antonio, onde moradores juntam o lixo em uma pilha para atear fogo. O vereador João Dantas espera que o Prefeito Veneziano realize todas as promessas presentes no documento em caminhado aos vereadores, pois há uma ameaça da suspensão de vôos em Campina Grande devido à ocorrência de aves sobrevoando as imediações do aeroporto.
Fernando Carvalho (PMDB) agradece e presta um reconhecimento pela votação favorável durante a sessão. Antonio Pereira (PSB) reforça o convite para a sessão que acontecerá a noite na faculdade de Comunicação Social, para discutir a Democratização da Comunicação.

João Dantas (PTN) fala que a diocese de Campina Grande contratou uma empresa de segurança para instalar câmeras e tentar diminuir o índice de meliantes nas proximidades.
Rodolfo Rodrigues (PR) lembra o aniversário da cidade, e lê mensagem parabenizando a todos que aqui residem e tem essa cidade como mãe.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Terminal Rodoviário Argemiro de Figueiredo (Rodoviária Nova)


Por: Lidiane Fernandes

Inaugurado em 25 de maio de 1985, o Terminal Rodoviário de Passageiros Argemiro de Figueiredo, mais conhecido como Rodoviária Nova, esta localizado no bairro do Catolé e conta com 104 mil metros quadrados de área total, sendo 10 mil metros quadrados de área construída, foi considerado uma obra ousada para época de sua inauguração em nossa cidade.

Terminal Rodoviário Argemiro de FigueiredoSegundo o engenheiro de manutenção do terminal, Luiz Carlos Gomes, a rodoviária de Campina Grande esta entre as estruturas físicas mais bem conservadas do país. Em pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Empresas de Transportes Terrestres de Passageiros (Abrati) contatou-se que a rodoviária de Campina é a 3ª melhor do Nordeste, perdendo apenas para Salvador e Maceió. Está em primeiro lugar na região, entre as que possuem administração pública, e foi eleita a 16ª do país.

Quatorze empresas de transporte de passageiros fazem linhas intermunicipais e interestaduais, com destinos às várias cidades da Paraíba e do país, pondo a disposição dos usuários ônibus diários. A estudante Thalita Barbosa, faz universidade em Campina Grande e sempre viaja nos fins de semana e feriado para o sertão, através da rodoviária e elogia o local. “Sempre encontro um bom atendimento por parte dos funcionários, os banheiros sempre estão limpos e me sinto confortável na área de embarque e desembarque”. Relatou a estudante.

O engenheiro civil Hermínio Soares Filho, que trabalha no local há 12 anos, ressalta que mesmo estando entre as melhores do país, a administração do terminal rodoviário pretende oferecer mais beneficio a seus usuários:
“Esperamos realizar pequenas reformas no banheiro e no piso, a exemplo da última que conseguimos fazer, colocamos um fraldário no banheiro feminino, além de um assento infantil também no banheiro feminino. São pequenos benefícios, mas que facilitam o dia-a-dia de nossos usuários”. Disse o engenheiro civil Hermínio Soares Filho.

Apesar de todos esses dados positivos em relação ao Terminal Rodoviário Argemiro de Figueiredo, seu fluxo de passageiros vem diminuindo nos últimos anos. Em média o número de embarque e desembarque fica em torno de três mil, 30 % em relação há 10 anos. A queda no número de passageiros se deve na maior parte ao aumento do transporte alternativo (que cobram o mesmo valor da passagem dos ônibus, ou até menos) e ao continuo funcionamento da Rodoviária velha que recebe ônibus vindos de várias cidades circunvizinhas. A diminuição no fluxo de passageiros ocasionou o fechamento de 50 % das lojas existentes no local. Hoje, são 34 boxes em sua totalidade, no entanto, nem todos funcionam diariamente, além de contar com baixo movimento.
Foto: Internet

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Resumo da Sessão da Câmara (C. Grande – 06/10/2009)

Por
Lidiane Fernandes


Sessão do dia 06 de outubro (terça), sendo aberto com a leitura do texto bíblico por Rodolfo Rodrigues (PR) e seqüenciada pela leitura do expediente pelo vereador Antonio Pereira (PSB). João Dantas (PTN) fala sobre o falecimento de José Barbosa Maia, e pede 01 minuto de silêncio, a “casa” Felix Araújo atende a seu pedido.

Dando seqüência aos trabalhos é lido o requerimento de urgência especial sobre a tramitação do projeto de lei 191/2009 de autoria do poder executivo municipal. Onde é requerida: A. Que seja considerada de urgência especial a tramitação e aprovação do projeto de lei 191/2009 de autoria do poder executivo municipal na presente sessão. B. Que sejam dispensadas todas as exigência regimentais C. Que seja realizada mais uma sessão na data de hoje para aprovação da referida matéria. A ementa institucionaliza a Feira da Prata dispõe sobre suas denominações da outras providencias, Feira da Prata João Felinto de Araújo. Onde foi discutida e provada na ordem do dia.
João Dantas (PTN) menciona a importância de lembrar também o nome dos que fundaram aquela feira e ainda contextualiza a história das construções de mercados públicos em nossa cidade.

Aberto o espaço para explicações pessoais João Dantas (PTN) realiza denuncia sobre o PROJOVEM projeto em execução no município através convenio entre a prefeitura, secretaria de educação, cultura e esportes e o ministério da educação. Toda a documentação elaborada será encaminhada ao ministério público para uma maior apuração das denuncias. O vereador ressalta que o documento não traz sub inscrições dos interessados, que são os professores e os técnicos, para evitar possíveis perseguições.
Fernando Carvalho declara que o Prefeito Veneziano Vital do Rêgo não compactua com esta ação, mas afirma que há atenção para solucionar qualquer problema que tenha sido ocasionado.

Olimpio Oliveira (PMDB) menciona 03 projetos de lei apresentados na “casa”. Primeiro: Dispõe a proibição para utilização de papéis termo sensíveis para uso como comprovantes de pagamentos e em bancos. Segundo o vereador a durabilidade deste tipo de papel é muito pequena, dificultando sua consulta posteriormente. Segundo: Produtos fatiados ou fracionados, como presunto, mussarela entre outros, por exemplo, terão que ser preparados na frente do cliente, para se ter certeza da procedência do produto. Terceiro: A instalação de hidrômetros em cada unidade autônoma dos condomínios em geral. Essa medida estimulará a economia e evitará o desperdício.

Inácio Falcão (PSDB) menciona o problema existente entre clientes e as telefônicas, e a inclusão de nomes em serviços de proteção ao credito, como SPC e SERASA.
João Dantas (PTN) fala novamente do curto espaço de tempo cedido para os vereadores e pede para que seja revisto as ordens da “casa”. Cassiano Pascoal (PSL) sugere que este pedido seja feito de maneira forma.

Para finalizar Rodolfo Rodrigues (PR) reafirma o pedido de pesar pelo falecimento de José Barbosa Maia.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Resumo (Sessão da Câmara de C. Grande – 02/10/2009)


Por
Lidiane Fernandes



Sessão especial para discutir a gratuidade no transporte público de Campina Grande, presidida inicialmente por Rodolfo Rodrigues (PR) e logo após pelo autor da propositura, Antonio Pereira (PSB), e secretariada por Fernando Carvalho (PMDB). Contando com a participação do presidente das escolas particulares, Paulo Loureiro; representante da STTP, Marília Santiago; o secretário de Assistência Social do município, Robson Dutra; a coordenadora do PROCON municipal, Gláucia Jácome; o presidente e o superintendente do SITRANS, Noaldo Cabral, e Anchieta Bernardino, representantes da Associação dos Deficientes e da Escola de Audiocomunicação entres outros.

Antonio Pereira justifica sua propositura, e fala que são inúmeras as reclamações por parte da população em relação a gratuidade no transporte público de Campina Grande. São pais de crianças menores de 07 anos, estudantes, portadores de necessidades especiais entre outros.
A representante da STTP, Marília Santiago, afirma que até 2007 todos os deficientes que estivessem associados a instituições para deficientes tinham assegurado o direito a gratuidade, porem a partir de abri de 2007 todo e qualquer deficiente teria que passar por uma avaliação para atestar a veracidade da deficiência.

O representante do SITRANS explica como é composta a tarifa e que as gratuidades são pagas pela população. Já a coordenadora do PROCON Gláucia Jacome, afirma que um ponto relevante para a discussão é a passagem estudantil e cita como exemplo a rede particular de ensino e os cursinhos.

O presidente das escolas particulares, Paulo Loureiro, mesmo sem ter uma tabela tarifaria em mãos, acredita que a gratuidade seja um dos fatores que mais pesem no valor total da passagem e afirma que a legislação sobre gratuidade tem que ser revista, pois ainda é de 1974.
Segundo Antonio Pereira (PSB) e através de dados de dezembro de 2008, o valor da tarifa de transporte de Campina Grande é de R$1,71, caso não houve nenhuma gratuidade seria de R$1,41, prova de que o valor que deixa de ser pago nas gratuidades é transferida para a população.

Fernando Carvalho (PMDB) presta reconhecimento aos vereadores presentes na sessão, pois demonstram o interesse pela causa. E menciona que são encontradas situações diferentes em diversas cidades quando o assunto é gratuidade, em algumas não há gratuidade e em outras são implantadas porcentagens de desconto nas passagens (que deveriam ser gratuidades).

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Resumo (Sessão da Câmara de C. Grande – 01/10/2009)


Por
Lidiane Fernandes



A sessão desta quinta (01) iniciou com a leitura do texto bíblico pela vereadora Daniella Ribeiro (PP). Por falta de coro no inicio da sessão, as atividades tiveram continuidade com abertura do pequeno expediente, onde João Dantas (PTN) reforçou o pedido da relação das ruas, avenidas e travessas que serão beneficiadas pela pavimentação por parte da Prefeitura Municipal, ele afirma que o pedido de informação se da para saber se realmente estas ruas serão pavimentadas.

Com a obtenção de coro teve seguimento a sessão, onde foram votados os requerimentos. Ao justificar a autoria de alguns requerimentos o vereador Olimpio Oliveira (PMDB) menciona a falta de atenção por parte de alguns vereadores que se encontram ao celular, os vereadores em questão justificam e se desculpam pelo uso do aparelho dentro do plenário.

Através do mandato popular a vereadora Daniella Ribeiro (PP), propõe alguns requerimentos e ressalta a importância da opinião popular e ainda informa a retirada do conselho formado pelos vereadores desta “casa” na Comissão Municipal de Saúde, a vereadora pede que haja uma maior interação sobre o assunto. Inácio Falcão (PSDB) declara ser lamentável a retirada do conselho de vereadores desta comissão, pois desta forma não haverá como ter representantes do povo para melhor esclarecer a população de situação da saúde em nosso município.
Durante as explicações pessoais João Dantas (PTN) faz uso do espaço para falar dos transportes escolares, o vereador ressalta as condições precárias que estes veículos se encontram e em alguns casos sequer existe ônibus escolares em determinadas localidades e continua o site WWW.bancadejornalistas.com traz matéria sobre a falta de ônibus em Massaranduba, onde mais de 1.000 (mil) estudantes estão sendo prejudicados, e isso da pela perseguição política por parte do Governador José Maranhão, que segundo o vereador João Dantas (PTN) não aceita o fato de Campina Grande e região não ter o elegido através do voto. Tovar Correia (PSDB) sugere o motivo que faz com que o Governador José Maranhão não goste da população campinense. É porque a população campinense sabe o que quer quando o assunto é votar, e por este motivo não elegeu José Maranhão. O vereador ainda menciona que durante a abertura dos jogos escolares, há 03 meses houve sorteio de alguns objetos, inclusive uma bicicleta foi sorteada, cujo ganhador foi o Sr. Carlos Alberto Marinho que até o presente momento não recebeu seu prêmio.

Fernando Carvalho (PMDB) esclarece em relação ao transporte escolar que o Governo do Estado transferiu para a Prefeitura a responsabilidade de gerir este tipo de transporte.