Ao honrado homem do campo

Por
Lidiane Fernandes

Desde que se entende por gente, todos os seus dias foram passados em meio a terra. Levanta-se antes do nascer do sol e dorme antes das galinhas. É da terra que vem o seu sustento, não só o seu, mas também de toda sua família. Guarda na mente os anos em que o excesso de chuva, ou a falta dela, levaram embora seu sustento, mas assim como aprendeu o oficio com os pais, aprendeu também que a mãe natureza tanto dá como tira.

Homem simples, geralmente de estatura mediana, de poucas palavras, mas imenso conhecimento. Pode não ser detentor de todos os saberes, mas conhece bem a rotina do campo, e é capaz de saber como será o inverno, ou o dia seguinte só de olhar para o céu.

Devoto de São José sabe que, se no dia de seu santo protetor sentir o cheiro da terra molhada, a semente irá germinar, garantindo o pão de sua família; então o homem do campo não mede esforços, trabalha incessantemente, e a única pausa que dá, é quando o sol a ponta o meio dia; então ele para e sacia sua fome. Essa pausa logo se finda, e o homem do campo segue com seu trabalho onde ele põe muito amor e fé. Na finalidade de obter os bons frutos deste chão.

Sabe que do pó veio, e ao pó voltará, então trata com amor e dedicação daquela que será sua última morada. A TERRA!